O governo americano procurava um super agente secreto para atuar na Europa.
Vários candidatos foram selecionados para fazer testes de raciocínio, tecnologias, armas, idiomas, defesa pessoal, uso de armas letais e mais. Apenas três passaram para a etapa final: um alemão, um francês e um português.
A última prova seria a de disciplina. Era necessário recrutar alguém capaz de realizar qualquer tarefa que lhe fosse determinada.
Chegaram para o alemão e lhe entregaram uma arma com apenas duas balas. Mandaram que ele entrasse num quarto fechado à sua frente, e matasse a pessoa que estivesse lá dentro.
O alemão pegou a arma, entrou chutando a porta do quarto apontou, mas não atirou. Saiu do quarto aos prantos:
— Hans não poder atirar. A pessoa lá dentro é Frida, esposa de Hans. E Hans ama muito Frida, não vai matar ela.
O alemão foi desclassificado.
Veio a seguir o francês. Pegou a arma, entrou chutando a porta do quarto apontou, mas também não atirou. Saiu do quarto, transtornado:
— Pierre não pode matar. A pessoa lá dentro é Dominique, esposa de Pierre. Casamos agora e amo muito minha doce Dominique.
O francês também foi desclassificado.
Veio, então, o português. Pegou a arma, entrou chutando a porta do quarto e atirou duas vezes. Fez-se um silêncio momentâneo. De repente, um barulho enorme de porrada, coisas quebrando e gritos ensurdecedores.
Minutos depois sai Manoel do quarto, machucado, cortado, cansado e triste. E fala para os avaliadores:
— Ora, pois ! Por que os gajos não me avisaram que as balas eram de festim? Tive que matar minha Maria na pancada!
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