Jacó levou o seu filho
Jacozinho para um parque de diversões futurístico que chegara em sua cidade.
Uma das principais atrações era um pequeno avião que fazia passeios com as
crianças. Jacó levou seu filho para ver o avião de perto e o piloto do avião
dirigiu-se a ele dizendo:
- Então, que dar um
passeio com o garoto?
- Quanto é? - perguntou
Jacó, apreensivo.
- São 50 reais. - disse
o piloto.
- O quê? 50 reais pra
dar uma voltinha nesse avião sem graça? - retruca Jacó.
Então Jacozinho ficou
furioso e começou a chorar.
- Papai, papai... Leva
jacozinho, leva Jacozinho!
E o piloto, comovido
com o choro do garoto, disse:
- Bem, o senhor está
achando o passeio caro e sem graça e seu filho quer muito ir, então façamos um
trato: eu levo vocês dois de graça, mas como o senhor diz que o passeio não tem
graça, não pode ter medo! Se o senhor gritar ou der um suspiro de medo, me paga
o passeio, combinado?
- Vamos, Jacozinho.
Sobe! O piloto sabe fazer negócio - exclama Jacó, animado.
Então o piloto decolou
e ficou olhando pelo espelho a feição de Jacó, que estava impassível. O piloto
começou a fazer várias manobras e Jacó permanecia calmo.
Deu mergulhos, loops,
girou de cabeça para baixo, desligou o motor, raspou em uma árvore, e Jacó
nada. Então ele desistiu e pousou. Já no chão, virou-se para Jacó e perguntou:
- Tudo bem, o senhor
não me paga. Mas confesse, não teve vontade de gritar em nenhum instante?
- Bem, pra dizer a
verdade, quando Jacozinho caiu, eu quase gritei...
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