sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Desculpa Injusta

Aquela morena alta, escultural, entra no ônibus lotado, exibindo suas curvas estonteantes através de uma minissaia justíssima. Os homens logo se alvoroçam. De repente, o motorista dá uma freada brusca, a garota se desequilibra, estira o braço procurando apoio num dos bancos, mas erra o cálculo e acerta em cheio um sonoro tapa no rosto de um dos passageiros.
Confusa, balbucia uma desculpa:
— Desculpe, moço, desculpe, er...
— Ora, querida, não há do que desculpar-se — responde o homem, desdobrando-se em gentilezas. — Pelo que eu estava pensando, o tapa foi merecidíssimo!


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