sábado, 12 de junho de 2010

Igualzinho

Luzinete conta prá Edileuza como tinha sido sua noite com um intelectual.
- Primeiro, ele me apanhou aqui na porta da fábrica. De carro! E abriu a porta preu entrar. Não fez que nem esses fedido aqui da fábrica, que empurram a gente num ônibus lotado e depois só ficam encoxando a gente...
- Puxa!
- Aí, ele me levou pra jantá fora, restaurante chique, pouca luz, todo mundo falava baixinho, prato com nome esquisito, uma comida boa, mas bem pouquinha... ai, ai...
- E depois, e depois?
- Ah, aí ele me levou pro apartamento dele, não fez que nem esses baiano daqui, que levam a gente prá motel, não. Me levou foi prá casa dele. Deixou só um abajur aceso, colocou um disco de uma música bem suave, que ele disse que se chama jáis.
- E daí, e daí?
- Daí, ele me fez pegar o pênis dele.
- Pênis?! Que qui é pênis?
- Ah... É que nem caráio, só que é menor e mais molinho.


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