sexta-feira, 16 de julho de 2010

Histórias de Brasília

Depois de muitos anos, dois amigos se encontram em Brasília. Um deles observa o que acaba de descer de uma Mercedes: relógio Rolex, terno Giorgio Armani, gravata de seda italiana. Um luxo só.
- Vejo que você está se dando bem aqui em Brasília. Como conseguiu tudo isso?
- Foi fácil. Eu vendi minha alma a Satã. Agora eu consigo tudo o que eu quero.
- E como se faz isso?
- É o seguinte. Numa noite de sexta-feira você desenha um círculo de giz no chão. No centro do círculo você coloca uma estrela dourada e sobre a estrela você acende uma vela preta. Espera um pouco e depois você grita: "SATÃ, SATÃ. VENHA BUSCAR MINHA ALMA, SATÃ." A chama da vela fica bem grande e de dentro dela sai o Satã em pessoa. Aí é só você dizer o que quer em troca da alma.
O amigo pobre gosta da idéia, passa na loja de umbanda e compra a vela preta e a estrela dourada. Na sexta-feira seguinte espera com ansiedade a chegada da noite. Faz tudo conforme as instruções: desenha o círculo, põe a estrela dourada, acende a vela e grita as palavras mágicas. Nada acontece. Espera um pouco. Novamente grita as palavras mágicas e nada acontece. Daí a pouco, a chama da vela cresce e dela sai um minúsculo diabinho. É um filhote que não tem mais que um palmo de altura. Aí o filhote fala com uma voz estridente:
- Escuta aqui, ó moço. Eu trabalho na assessoria do gabinete de seu Satã e ele mandou dizer que a verba desse ano acabou. Agora, só no ano que vem.

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