sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Engano mortal

O Joaquim telefona para sua casa e a empregada, com sotaque nordestino atende:
- Alô?
-Alô, Maria?
- Sô eu sim...
- Maria, aqui é o teu patrão, faiz favoire de entrar no meu quarto e pegaire um número de telefone na minha gaveta da cômoda.
- Óia, num dá não, a patroa tá drumindo...
- Entre sem fazeire barulho, ieu preciso muito deste número.
- Mas o hómi qui tá lá com ela pediu pra não incomodar.
- O QUÊ? Tem um homem com ela na cama?
- Tem sim sinhô.
O português, espumando de ódio dá ordem para a empregada pegar o revólver da escrivaninha e dar um tiro na mulher e outro no homem, a empregada reluta muito, mas o Joaquim insiste, diz que é seu patrão e está ordenando. Por fim a empregada faz o ordenado. O português ouve dois tiros e depois um barulho de algo caindo na água. A empregada volta ofegante e pega o fone:
- Óia, eu fiz o que o sinhô mandou, a patroa tá lá, mortinha, com um tiro na testa, mas o hómi eu acho que não acertei. Na hora que eu atirei na patroa ele levantou assustado e pulou a janela peladão, caindo dentro da piscina.
O português, assustado grita:
- PISCINA? Ó Raios, disquei o número errado. 

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